quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Sangue Frio

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Misterioso, comovente, aterrorizante e surpreendente: esse é o livro A Sangue Frio, de Truman Capote. A obra considerada a primeira do chamado New Jornalism, tem como tema o assassinato brutal de uma família do estado do Kansas, nos Estados Unidos. Talvez seja o fato de a história ser real, ou a maneira como ela é contada, mas uma coisa é certa: o livro é daqueles que se lê de boca aberta e olhos arregalados da primeira à última página.
O autor, em sua obra-prima, não espera causar o mistério de quem é o culpado pelo crime, isso porque paralelamente duas histórias são contadas: a das vítimas, a família Clutter, que foi brutalmente assassinada, e a dos criminosos, Perry Smith e Dick Hichcock. Assim, o enigma consiste em desvendar o que motivou os bandidos a cometerem o delito e analisar psicologicamente os dois tipos, para de certa forma se entender como foram capazes de cometer tal atrocidade.
 Para montar o cenário perfeito em nossa imaginação, Truman Capote faz minuciosas descrições dos ambientes e traça perfis muito profundos de cada um dos personagens dando voz a eles em diversos momentos da narrativa. Dessa maneira pratica o mais sagrado exercício jornalístico: a apuração.  Fluxos de consciência parecem ser criações do autor, mas aproximação do jornalista com os acusados atingiu níveis até mesmo pessoais, fazendo com que os mínimos detalhes fossem revelados a ele, confirmando sua credibilidade.
 A maneira como a história é contada faz com que certas percepções sejam evocadas no leitor, como as referentes à raiva, compaixão, tristeza e indignação. Algumas vezes, inclusive, somos induzidos através dessa leitura a certos sentimentos antagônicos por um mesmo personagem, o que valida a tentativa de Capote de mostrar várias visões sobre um mesmo fato, para que o leitor tire suas próprias conclusões sobre os acontecimentos, apesar  da condenação moral e penal dos acusados seja inquestionável e universal. Por isso, embora o livro se chame A Sangue Frio, há nele um caráter muito “quente”, muito relacionado às emoções e traumas humanos, o que torna a obra imperdível.



3 comentários:

  1. Oi Lu! Já tinha gostado do texto a primeira vez que o li, mas gostei ainda mais ao vê-lo publicado! Beijocas e já estou lhe seguindo! Deia.

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  2. Oi Lu!! nunca tinha te visitado aqui! adorei!! e fiquei morrendo de vontade de ler esse livro, serio!!!
    Bjss gata!!

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  3. Oi Lu! Meu, sério.. há quanto tempo não nos vemos amiga.... taaaa ligadzzz...
    Lerei esse livro aí assim que possível após essa descrição tão rica e instigante.
    Agora tenho que realizar atividades árduas da faculdade... No aguardo do próximo texto
    Mua mua

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